quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

1º Dia em Dalian


...perguntava-me qual seria a sensação de acordar numa cultura totalmente diferente.

A sensação foi: “o que é isto!?”… o segundo dia (1ºdia em Dalian) começou com a Doris, uma das nossas colegas de mestrado, a bater à porta do nosso quarto, que por vontade própria veio ter connosco de forma a mostrar-nos um pouco de Dalian e ajudar a arranjarmos um telemóvel chinês...get a mobilephone and get a friend... parece um pouco fútil a frase...mas da imenso jeito ter um quando se esta longe e se esta a começar do zero.

Bons contactos...bons amigos...parece-me uma boa perspectiva para se começar num mundo distante e diferente.

Começámos por ir para o centro de Dalian…onde se encontram todo o tipo de centros comerciais...a cidade é incrível…mas o mais impressionante foi perceber que Dalian de tanto tem para cima com os seus prédios gigantes também tem para baixo...isto porque existe uma rede enorme de mercados e galerias por baixo do chão. É um mundo...um lugar fixe para uma pessoa se perder (por ser um labirinto e pelo que se encontra por lá). Não é de admirar a China faça jus à característica de exportador mundial quando uma pequena e insignificante loja de ténis tenha todo o tipo de marcas modelos cores...etc. a um preço ridiculamente barato.

Encontrar o telemóvel foi bastante fácil...mas foi como se estivéssemos apenas a ver a ponta do iceberg…hehe…porque comprar é outra conversa...e designa-se como gincana: Escolhe-se e é nos dado um talão com a indicação que temos de ir pagar a uma pessoa que mal sambemos onde fica...pagamos e dão-nos outro talão onde temos de apresentar no mesmo sitio onde escolhemos o telemóvel...assim que chegamos é nos apresentado dois recibos para assinar mais a noticia que não tem cartões SIM e que esse é o nosso fardo ir procurá-lo.

Por esta altura a Na Wen (um contacto meu de Dalian) já estava connosco...basicamente foi ela e uma amiga que nos ajudaram em todo o processo...era mesmo impossível fazê-lo de outra forma. Assim que compramos o telemóvel e resolvemos a burocracia toda fomos tratar de encontrar um cartão SIM adequado (nesta altura a Doris teve de ir embora) e entramos para o mundo subterrâneo. Túneis...lojas..cafés...fumo.. cheiros novos... encontrões... muitas escadas... um mundo diferente...um labirinto autentico com uma intensa azafama. Nunca tinha estado num sítio assim. Descemos 5 andares e encontrámos uma loja pequena da China Mobile com os cartões que precisávamos (pois para cumulo dos mortais…os cartões vendidos na rua normal...são para turista...logo mais caros) e por fim...já cansados desta saga...a Na Wen levou-nos para o Echo Bar de modo a conhecermos os melhores sítios para se estar. Tinha razão, o Echo Bar é uma livraria /bar com uma decoração idêntica ao que encontramos no bar do chiado "Loucos e Sonhadores"...mas com 5 vezes o seu tamanho. É um sítio óptimo para se estar... para se beber chocolate quente quando nos queremos aquecer dos -12 graus lá fora.

Apresentaram-nos pessoas, livros de fotografia, chás...bolos óptimos e convidaram-nos para jantar na companhia de Na Wen e de um amigo. Com conversa animada e um excelente jantar… acabou assim o dia.


PS 1: Peço desculpas por só fazer o post do segundo dia passado um mês e meio...hehehe.

PS 2: Os primeiros dias vão ser aqui descritos...mas nas semanas que se sucedem apenas irá ser relatado o que acontece de maior relevo.

PS 3: Obrigado pelos comentários relativos aos dois primeiros posts!!!!


Duarte Lima Villas

2 comentários:

  1. Beijos beijos beijos maninho!!
    Que espectáculo!!
    E sim, vai escrevendo q nós gostamos mto de ler as tuas notícias e aventuras! :D
    BeijÃO!

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  2. Bandido,

    Alegra-me saber que estás na Ásia com ritmo africano...
    Não esperava nunca que o teu primeiro dia fosse escrito antes de passar pelo menos um mês.
    Só para deixar público o meu abraço e o sentimento tão português que são as saudades.

    A wikipedia, essa fonte moderna do conhecimento infalível, diz:

    Diz a lenda que foi cunhada na época dos Descobrimentos e no Brasil colônia esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim "solitáte", solidão.

    Uma visão mais especifista aponta que o termo saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o qual nutriria nostalgia. A gênese do vocábulo está directamente ligada à tradição marítima lusitana.


    E é isto, o sentimento de falta dos que vão para os que ficam.

    Resumindo, aproveita, mas despacha-te.

    Forte abraço

    Luís

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